quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Cidade da Noite

Está frio, mas isso não me incomoda, ele faz parte de mim, do que eu me tornei. O frio e a noite sempre foram meus companheiros. Até hoje.

É tarde, a floresta está imersa na noite, mas está longe de ser silenciosa. Salto entre os galhos sem acreditar no que vejo. Uma alcatéia está atravessando a mata e no meio dela uma jovem com não mais do que vinte anos. Ela parece fazer parte da alcatéia, e por algum motivo, eu não consigo parar de segui-la. Eles são velozes, e a menos que revele a minha presença não vou conseguir acompanhá-los.

Alcançamos os limites da floresta. Eu já estava ficando para trás. Deixo que se afastem, seria arriscado e tolo tentar segui-los sem cobertura e, se realmente são o que imagino, me fariam em pedaços. Fico agachado sobre os galhos observando enquanto se afastam. A garota pára enquanto o resto da alcatéia prossegue. Ela olha diretamente para o ponto onde estou e parece farejar o ar. Ela me encara, embora eu esteja certo de que não pode me ver. Aqueles olhos castanhos brilhantes esquadrinham a mata enquanto os cabelos negros esvoaçam para trás com uma brisa da noite. A jovem olha fixamente para o ponto onde estou, as nuvens se afastam levando a escuridão. O luar revela sua pele alva e um traje incomum, que realça as silhuetas do corpo...

– O que estou pensando? – Sussurro para mim mesmo abaixando a cabeça. Distraio-me e quando volto minha atenção, ela se foi. – Droga. – Praguejo baixo.

Saltando para o chão percebo a sorte que tive. Se não houvesse me alimentado a pouco de um lobo, ela teria sentido o meu cheiro, todos eles teriam. Com certeza eles eram Licantropos, também conhecidos entre os eruditos da sociedade mortal como Garou, aqueles que recebem sua condição como um presente e não como uma maldição.

Caminho pela trilha que deixaram, o que é revelador. Há marcas no chão. Eram seis, sem contar a garota, e ela corrida com os pés descalços. Mas o odor que deixaram, leve, porém distinto, é o que mais me intriga. Eu estava certo, eram lupinos. A alcatéia parecia estar caçando, há marcas de sangue pelo caminho, talvez um deles estivesse ferido. Subitamente meus pensamentos vão para a garota e uma angústia profunda me atinge, talvez ela esteja ferida. Balanço a cabeça como que para espantar os pensamentos. – O que há comigo? Era só uma lupina. – Digo a mim mesmo. Meu pequeno amigo, um camundongo branco, se agita no bolso do casaco.

Depois de duas horas caminhando de volta, alcanço os limites da floresta, os limites impostos pelos homens. Nesse ponto paro e contemplo a cidade aos meus pés, onde me sinto mais próximo do que eu fora um dia. Sorrio observando as luzes acesas, o majestoso Neo Plaza, rasgando o céu no centro da cidade, rompendo a cortina de nuvens que protege gente como eu. Mais além é possível ver as docas, do outro lado da cidade, a principal rota de comércio que abastece o lugar.

Começo a descer a encosta íngreme onde me encontro em direção ao interior de uma pedreira. Salto para o chão, meu casaco lembra as asas de um pássaro negro mergulhando. A altura não é um grande problema. Alguns cães latem e escuto o tilintar de suas correntes junto aos portões. Vejo uma velha cabine de vigia com uma lâmpada acesa, mas o vigia parece ter sido vencido pelo frio, consigo vê-lo encolhido em baixo de um cobertor, usando uma touca de lã, sentado, ouvindo um pequeno e velho rádio. Nem o latido dos cães o separa do aconchego da cabine, de qualquer maneira ele só tem pedras para guardar.

Corro alguns metros, apenas para pegar impulso, e salto sobre a grade da pedreira. É fácil escalar o alambrado e me atirar por sobre os arames farpados. Em segundos estou caminhando pela rua. Fecho o meu sobretudo, levanto a gola, e esfrego as mãos em frente ao rosto como quem está com frio.

Ao virar da primeira esquina me deparo com um bando de vagabundos tentando se aquecer em uma fogueira improvisada em um velho tambor de ferro. Eles são inofensivos, e me ignoram, assim como eu a eles. Passos chamam minha atenção, três jovens com casacos pesados, gorros e luvas vem atravessando a rua, no peito de um deles, reluz sobre a claridade do poste um medalhão de ouro com a letra “G”. Não significa nada para mim. Ele veste um casaco azul que se abre quando ele corre até a minha frente estendendo a mão.

– Ô, ô, ô, ô. Calminha ai! – Fala o rapaz a minha frente enquanto os outros se aproximam pela minha direita. Um dos jovens, branco e magro como um faquir, pára ao meu lado segurando a gola do sobretudo.

– Que beleza de casaco, tio. Material de qualidade. – Fala com um ar de ladrão barato, daqueles que roubam bolsas de senhoras idosas. Odeio essa gente.

– Você não sabe que é muito perigoso andar sozinho a essa hora da noite, irmão. Você pode topar com alguém ruim. - O terceiro, um negro forte com um brinco de ouro na orelha esquerda, se aproxima por trás tentando fazer uma voz ameaçadora.

Eles me forçam a entrar em um beco, os únicos que sabem o que está acontecendo são os vagabundos, mas eles não vão se intrometer, com certeza estão felizes por não ser com eles.

– Vai tirando o casaco, pessoa. – Fala o que parece ser o líder, com aquele medalhão dourado sempre balançando. Ele fala fazendo gestos amplos com os braços. Eu fico parado.

– Tá surdo, ô esquisito? Tira o casaco ou você vai saber o que é medo de verdade, irmão! – O negro esbraveja aproximando o rosto do meu ouvido. Eu não resisto à tentação. Respondo com um sorriso escapando dos lábios.

– Eu sou a coisa mais apavorante por aqui, moleque. – As palavras saem arrastadas entre meus caninos, ao mesmo tempo em que meus olhos brilham em tom vermelho sangue. Eu me delicio com o olhar aterrorizado dos três.

O primeiro a morrer é o negro, por um motivo óbvio: ele está mais próximo. Agarro o pescoço dele e com uma mão a vida se vai, junto ao som de ossos quebrando. Os outros dois se afastam, eles não fogem, ainda não entenderam o perigo que correm. O magricela dispara pelo beco, ele entendeu. Em um piscar de olhos já estou parado na frente dele. Ele bate contra o meu corpo e cai no chão. Piso em seu pescoço. Mais um estalo, mais um pescoço quebrado. O líder do grupo se aproxima, ele tenta passar correndo, mas o som da corrente do medalhão o denuncia, eu o agarro pelo braço. O rapaz se desvencilha sacando um canivete, mas continua preso no beco.

– Quem é você? – Ele grita. - O que é você? – Ele já está perdendo a razão. Felizmente, agora o vento está forte e começa a nevar, ninguém irá nos ouvir.

Eu me aproximo, e ele recua, o pavor é evidente. O medo é como um perfume excitante.

– Você sabe o que eu sou, moleque. – Respondo com um sussurro, mesmo sabendo que a pergunta é retórica. O rapaz tropeça nos próprios pés e, mesmo caído, continua a me apontar o canivete. Eu seguro a mão do canivete, torço e giro o pulso, a arma cai no chão que começa a se cobrir de neve. Agarro o medalhão e pergunto olhando em seus olhos.

– “G”? O que significa? – O rapaz tenta articular algumas palavras, mas eu só ouço um balbuciar sem sentido. Solto a mão e o levanto pelo pesado casaco azul, trazendo-o para bem perto de mim. Ele tenta afastar o rosto, mas me olha direto nos olhos. – Você quer viver, moleque? – Pergunto sussurrando entre os caninos. O rapaz não responde, apenas arregala os olhos. Ninguém pode dizer que eu não lhe dei uma opção.

Saio do beco girando o medalhão em uma das mãos. Volto a caminhar pela rua. Os vagabundos me observam a distância, eles com certeza não ouviram nada, mas sabem que aconteceu algo ruim. Antes que eu vire a esquina um deles vai até o beco e sai com o casaco azul, a noite será menos fria para alguns.

Guardo o medalhão no bolso assim que entro na rua seguinte, dou uma boa olhada a frente apenas para constatar que a expressão, “À noite a cidade dorme”, não se aplica aqui. Muitos bares, ao melhor estilo inglês estão abertos, a maioria sobre o regime de: “Até o último cliente”.

Ajeito a gola do casaco e enterro as mãos nos bolsos, enquanto avanço rua abaixo. A maioria dos pubs é bastante comum, janelas grandes ou pequenas, estão sempre abarrotados de pessoas, vítimas em potencial, para mim ou para qualquer outro. O que realmente me interessa são os bares que tem a entrada abaixo do nível da rua. È neles que a realidade parece alcançar o máximo de seu significado. São locais, digamos, mais seletos.

Lembro-me da lupina. Percebo que estou parado de pé na rua, olhando para os bares e sorrindo sozinho, feito um bobo. Uma prostituta gorda está no meu campo de visão, a coitada sorri pra mim achando que estou dando confiança pra ela. Balanço a cabeça tentando espantar a bizarra imagem que me vem à mente. Volto a andar pensando que o inferno pode estar mais próximo do que parece.

Ao longo do caminho passo por muitas vielas, as ruas por aqui são repletas delas. O pior das vielas é que quase sempre tem um filete de água podre correndo por elas, vindo sabe-se lá de onde. As malditas ruelas formam um verdadeiro ninho de rato no mapa da cidade, daí o bairro ser chamado de “Cidade dos Ratos”. A cidade, à noite, pode ser perigosa, uns lugares mais do que outros.

Passo por um cruzamento, os sinais de trânsito estão piscando no amarelo. Ao longe posso ouvir o som de um ônibus se afastando. – Merda. – Praguejo baixo. Vou ter que continuar a pé por mais três quadras. Do outro lado do cruzamento uma figura, enrolada em um sobretudo marrom gasto, está recostada a parede de um velho cinema, daqueles que usavam rolos de fita. O nome do lugar é Cine Néon, o letreiro ainda brilha.

Algumas pessoas estão caminhando pela outra calçada, indo em direção ao centro da cidade. A noite está acabando para alguns e só começando para outros. O homem do sobretudo me observa da penumbra. Fico tentado a ignorá-lo, mas ele gesticula para que eu me aproxime, enquanto tenta acender um cigarro. Assim que chego o reconheço e ele se apruma, oferecendo o maço de cigarros.

– Você sabe que eu não fumo, Vic. – Falo sem mostrar o quanto este encontro está me irritando. Ele dá um trago no cigarro com tanta vontade, que posso ver o filtro queimar até a metade. Logo em seguida ele tem um acesso de tosse.

– Isso ainda vai te matar, meu velho. – Falo fingindo preocupação. É bom ser visto com bons olhos por esses tipos.

– Dra... ine. – Ele tenta falar o meu nome, entrecortado pela tosse. A essa altura a minha preocupação começa a se tornar genuína. É melhor ter um Guardião velho ao seu lado do que um novo pegando no seu pé.

– Droga. – Pragueja ele. – Provavelmente você deve ter razão... – Toma fôlego. – ...isso ainda vai me matar. – Sorrio.

– O que você quer, Vic?
– Você sumiu um tempão...

– E você quer saber onde fui e o que estive fazendo, não é? – Corto o sermão.

O velho sorri e dá mais um trago, desta vez mais comedido.

– Se eu precisasse perguntar tudo isso, eu não seria “o que” sou. – Ele responde sério, cerrando os olhos. Odeio esse cara. Mas o velho tem razão. Não é a toa que ele é o mais antigo na ativa.

– Achou o que procurava na floresta?

– Você é o Guardião. Não sabe? – Respondo em tom de brincadeira, por mais irritante que seja ter que ficar parado na rua conversando com o velho. Eu não gosto do tipo dele, e não gosto dele, mas principalmente, eu o respeito. Sorrio com todo o meu cinismo.

– Vejo que voltou satisfeito. – Ele sorri e se vira para ir embora. Na mesma hora vejo outro homem encostado em um carro antigo, na esquina para onde o velho se dirige.

– Parceiro novo, Vic? – Pergunto descrente. – Você, com um parceiro?

O homem pára e se vira para mim com um leve sorriso nos lábios. – Você sabe como é, Draine. Ao contrário de você, eu não posso viver para sempre. – Ele volta a caminhar.

Eu não preciso de mais nenhuma palavra, não é um parceiro. Ele está treinando um substituto.

O novato abre a porta para Vic. Victorio Relione. Eu me espanto de lembrar o verdadeiro nome do Guardião, e mais ainda de achar que sentirei falta do velho irritante.

Antes de entrar e tomar o volante, o novato me observa por alguns segundos, parece estar surpreso, como se visse um de “nós” pela primeira vez. Apenas por curiosidade eu sorrio com os caninos a mostra, mesmo sabendo que Vic não vai aprovar essa quebra de conduta, especialmente em um lugar tão aberto. O rapaz tenta evitar, mas arregala os olhos, e se recompõe em seguida. Ele entra no Chevrolet 56 que Vic tem desde que o conheci, a cerca de cinqüenta anos. O carro passa por mim, na direção em que eu seguia e Vic acena pra mim.

– Velho desgraçado, sabia que eu estava indo naquela direção. – Sorrio. Definitivamente eu vou sentir falta desse maldito.

Continuo andando, deixando a Cidade dos Ratos para trás e chegando ao bairro antigo. Não tão decadente como o bairro vizinho, apesar de ter as suas semelhanças, o bairro antigo é mais “habitável”. As construções são baixas, em geral não possuem mais do que cinco andares, em sua maioria são casas em estilo colonial.

Um casal e uma menina com uns seis anos passam por mim, vindos da “Cidade dos Ratos”. A menina está com um casaco e um gorro cor de rosa que teima em cair na frente dos olhos. Ela olha para mim e sorri estendendo um caderno de pintura. A mãe, que usa um piercing no nariz com uma corrente pendurada, puxa o braço da menina e a repreende por falar com estranhos. Como se ela mesma fosse uma pessoa comum e vivesse em um lugar como outro qualquer. A sociedade humana é mesmo hipócrita.

Passo por algumas lojas, a esta hora as vitrines estão protegidas por grades e portas de metal. Na esquina já consigo ver o Café Rose, vinte e quatro horas aberto e sempre pronto a oferecer uma refeição quente. Aceno para a garçonete, Danielle. Ela retribui com um sorriso e cintilantes olhos verdes. Noites atrás a salvei de uns pervertidos, desde então ela é parte da lista. Gosto da menina, ela é cheia de vida e está disposta a retribuir de forma incondicional a ajuda. Uma mão lava a outra, é o que dizem.

Uma placa enferrujada indica: Colona. Já havia esquecido o nome do bairro, de tão pouco que é usado. Uma das últimas lembranças daqueles que descobriram a área da cidade séculos atrás. Sigo pela rua principal, em direção ao centro da cidade. Esta é única rua bem pavimentada e conservada do bairro. Por aqui passam os carros fortes que abastecem o banco local e as lojas da vizinhança. O progresso tem que continuar.

A única maldição neste bairro é o descaso, os postes estão falhando ou estão simplesmente queimados, a noite não há segurança de verdade e a população de rua se multiplica como gafanhotos. Sorrio. É o lugar perfeito para alguém como eu.

Alguns carros passam por mim e um dos desgraçados acerta a única e pequena poça que existe na rua, o que me vale um banho de sujeira. Balanço os braços como se fosse possível secar o casaco. Mickey pula para fora do bolso completamente ensopado. O danado dispara pela rua em direção ao antiquário, que já é visível na esquina a frente, bem, ao menos a tabuleta de madeira. Está escrito em letras antigas: “Antiquarium. Se você procura, nós temos”.

Do outro lado da rua ainda existe uma praça com um velho coreto. Muitos bancos estão espalhados ao redor, onde vejo alguns casais namorando e até um pipoqueiro desafiando o frio. As pessoas têm que ganhar a vida.

Logo me vem à mente a imagem da lupina e a lembrança de como ela era linda. Aqueles cabelos negros balançando livres ao vento, contrastando com a pele clara...

– Outra vez. – Me repreendo ao perceber que estou parado no meio da rua sorrindo como um bobo. – Por que ela me fascina tanto?

– Eu não sei, talvez seja o cabelo comprido. – Concordo com a cabeça. Só então percebo que tem alguém falando comigo. Pelo canto dos olhos eu a fito. Uma menina com cerca de treze anos e um olhar sagaz. Ela ajeita o casaco cinza, quase preto, do qual ia saindo um lenço vermelho, como se quisesse ficar mais apresentável. A menina sorri para mim e estende uma cesta de palha cheia de flores.

– Talvez uma dessas possa ajudar. – Ela me oferece uma rosa, olhando para uma mulher que passeia na praça a minha frente. Pego a rosa e ela rapidamente abre a mão com um sorriso angelical estampado no rosto. O mundo é mesmo dos espertos. Olho de cima a menina, o vento sopra e a franja vermelha que sai por baixo da boina vai pro lado. Coloco um dólar na mão da ruivinha que agradece com um polegar, e se vira desejando boa sorte. Antes de atravessar a rua ela ainda aconselha. – Ei, moço... um banho também ajudaria. – Engraçadinha. Ela para no meio da rua e corre de volta para mim.
– Eu sou Carla. – Ela pisca e se vira indo embora. Isso quer dizer que verei essa pestinha por aqui outras vezes.

Balanço mais uma vez os braços e volto a caminhar. A lâmpada do poste mais a frente está piscando, prestes a queimar e deixar o bairro um pouco mais escuro. Olho para o céu e só vejo as nuvens, nenhuma novidade. Paro diante da porta do Antiquário, pulo e bato com força na placa de madeira, ela balança, rangendo nas dobradiças. Pulo de novo e alcanço a chave deixada sobre ela. Abro a porta e percebo que há alguém me observando do outro lado da rua. O homem da às costas e se afasta, indo em direção ao centro da cidade.

– Vou ter que esconder a chave em outro lugar. – Digo a mim mesmo balançando a cabeça. Dou mais uma olhada em volta e, antes de entrar, respiro fundo. Estou em casa.

Por: Alessandro Dantas

5 comentários:

  1. Cê tem que lançar essas paradas em um livro. U.U

    ResponderExcluir
  2. Isso vai longe...
    Hehehehe...
    Valeu irmãozinho.

    ResponderExcluir
  3. Demora pra vir as vezes, mas quando chega é sempre maravilhoso!
    Muito bom, intrigante e surpreendente como sempre.
    Continue assim!

    ResponderExcluir
  4. Viajei horrores nessa história. Adorei mesmo.

    Li

    ResponderExcluir
  5. Olá Renato! Saudações Literárias. Tudo bem?
    Passei por aqui e achei interessante o seu espaço.

    Parabéns, Alessandro! Gostei muito do seu conto.

    Sempre que eu puder voltarei para ver as novidades.
    Abraços de Luz

    http://iluminandoavida.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir